A água turquesa refletia as luzes do bangalô. Lá fora, o som do mar. Aqui dentro… só o som da respiração dela — acelerada, trêmula, entregue.
Beatriz, com a barriga já arredondada de 6 meses, estava de frente pra porta de vidro, olhando o pôr do sol que se despedia sem saber que, lá dentro, quem ia pegar fogo… era ela.
Caio estava atrás dela. Só de bermuda. Tatuagens expostas. Mãos no bolso. E aquele olhar… aquele maldito olhar de quem sabe que controla cada fibra do corpo dela.
Ele caminhou devagar, tão devagar que o som dos passos no piso de madeira parecia parte da trilha sonora da tensão.
Parou atrás dela.
Deslizou os dedos pelos braços dela, até os ombros. Beijou a nuca. A voz dele era mais grave que o mar.
— “Sabe o que eu mais amo em você grávida?”
Ela virou o rosto, arqueando uma sobrancelha.
— “O quê?”
— “Que você tá mais linda, mais gostosa… e que agora não precisa mais se preocupar com anticoncepcional.”
Beatriz riu. Aquele riso que dizia: “Eu te odeio. Eu te amo. E eu te q