A mansão nunca parecera tão fria. Tudo ao redor soava como um campo de batalha, esperando, sangrando.
Do carro, Olivia viu as luzes as refletindo nos vidros, espalhando o azul e vermelho pulsante como feridas abertas nas paredes de pedra.
Viaturas. Homens uniformizados. O coração dela afundou.
Ao lado, Ian permanecia impassível, como se já esperasse por aquilo.
— O que está acontecendo...? — a voz de Olivia falhou quando perguntou, mais para si mesma do que para ele.
Ian não respondeu. Apenas abriu a porta e saiu primeiro. Olívia sentiu o estômago virar quando desceu do carro também.
Parecendo os aguardar, Nicolau estava ali, firme na escadaria, de braços apoiados na bengala, os olhos escuros fixos neles como se já tivesse visto tudo antes mesmo de acontecer. A serenidade dele era mais assustadora do que a presença da policia.
Ian caminhava ao lado de Olivia, sem reação. Só Léo apertava a mão dela, sem entender, mas sentindo cada tremor. Olivia segurou a mão do filho com força. Sentiu