Olívia saiu da sala de Ian como se fosse expulsa por uma força invisível. Naquele momento, não teve vergonha alguma de estar gritando a plenos pulmões para ele. Não tinha medo de enfrentar todos os fantasmas do seu passado. A raiva e a frustração a consumiam, e ela se sentia viva, mesmo que de uma forma dolorosa. A verdade que ela havia guardado por tanto tempo estava finalmente à tona, e a sensação de libertação era ao mesmo tempo aterrorizante e revigorante.
Ela não esperou o elevador, desceu os andares correndo, ignorando os olhares curiosos que a perseguiam no caminho. Seus passos ecoavam pelo corredor da empresa Moretti, mas ela não conseguia ouvir nada além do próprio coração martelando. Cada batida parecia um lembrete de que ela estava viva, de que ainda havia tempo para mudar sua história. Mas a dúvida a assombrava: seria possível reescrever seu destino?
Quando finalmente atravessou as portas de vidro e sentiu o ar frio da rua, não conseguiu mais segurar. As lágrimas caíram de