O silêncio dentro do carro parecia mais pesado do que qualquer palavra que eles pudessem trocar.
Olivia olhava para a janela, mas não enxergava a cidade passando. A mente dela estava repleta da noite inteira: o restaurante, os flashs, o anel cintilando em sua mão, pesado como uma corrente. Os toques de Ian teatro forçado, as palavras venenosas de Carol, o peso sufocante da mentira que carregava.
Quando o carro finalmente parou diante da mansão, o silêncio pareceu gritar ainda dentro do veículo. Olívia manteve o olhar fixo na escuridão além da janela, mas a mente ainda estava presa na noite. Não tinha direção, só estava rolando estrada abaixo.
Tudo misturado, sufocante.
Ela fechou os olhos e deixou o corpo tombar contra o encosto do banco, como quem busca um último fôlego antes de mergulhar de novo no fundo do mar. Buscando forças para enfrentar apenas mais alguns passos.
Quando fechou os olhos, desejou estar em outro lugar, como num passe de mágica. Queria ir pra outro mundo, outra co