O banheiro agora parecia vazio, mas o ar parecia vibrar ainda com os ecos da briga.
O silêncio depois da saída de Carol não era de paz, era sufocante, denso como fumaça invisível enchendo o ar, cheio de palavras não ditas.
Olívia estava encostada ainda a parede fria de mármore, ofegante, o coração disparado, os cabelos levemente desgrenhados pela briga. Tentava respirar fundo, mas o ar parecia pesado demais.
Podia sentir a marca ardida no braço onde Carol a segurara. O coração ainda martelando, não apenas pela luta física, mas pelas palavras que ainda ricocheteavam dentro dela como navalhas.
"Ian destrói tudo o que toca."
Ela engoliu em seco. Queria ignorar, mas o corpo dela não obedecia.
Ian permaneceu a alguns passos de distância, a sombra dele dominando o espaço. O maxilar marcado, rígido; os punhos cerrados ao lado do corpo, o peito subindo e descendo num ritmo contido. O olhar fixo nela, mas distante, como se lutasse contra algo que não podia nomear.
Por um instante, parecia que