O dia amanheceu sem nuvens sobre a mansão Moretti. Não a mansão sombria de Nicolau, mas o lugar que Ian e Olívia estavam refazendo como lar. Para o casamento, escolheram não os salões de mármore, mas os jardins inferiores, um terraço à beira do lago artificial, onde salgueiros chorões banhavam suas folhas na água e flores silvestres cresciam em bordas despretensiosas. Era íntimo, vivo, cheio de cor. Exatamente o oposto de tudo que um casamento Moretti já fora.
O espaço, sob um arco rústico coberto de glicínias roxas e brancas, que já começavam a soltar um perfume doce no ar da tarde, foram dispostas apenas vinte cadeiras de madeira clara, decoradas com fitas de linho cru e pequenos ramos de alecrim e lavanda. À direita, o lago espelhava o céu azul. À esquerda, uma pequena trilha levava a um bosque de eucaliptos. A trilha sonora era o som dos pássaros e o suave murmúrio de uma harpa, cujas cordas eram tocadas por uma musicista discretamente posicionada entre as árvores.
Olívia não usou