A pergunta de Matheus ainda pairava no ar como um fantasma, impossível de ignorar.
Você voltou?
Duas palavras simples que carregavam o peso de todo um futuro não escrito.
Olívia sentiu cada músculo de seu corpo se contrair. Estavam todos suspensos em um fio invisível, prestes a se romper. Desta vez, não havia vinho para anestesiar, nem adrenalina para justificar, nem beijos desesperados para confundir o que sentia.
Restava apenas a verdade nua e crua.
E a verdade era...
Ela não sabia.
Sua boca se abriu, mas nenhuma resposta saiu. Apenas o som seco de sua respiração presa ecoou no silêncio tenso.
Matheus ergueu uma sobrancelha, seu rosto um estudo em paciência calculada.
Ian, no entanto, não era paciente. Ele estava à beira do colapso. Seus olhos estavam cravados nela como se ela fosse o único ponto de luz em um universo de escuridão.
— Olívia... por favor — ele murmurou, a voz tão baixa que era quase um movimento dos lábios.
E aquilo foi a gota d'água.
Ela não podia responder. Não q