O portão da mansão Moretti se abriu devagar, como se não estivesse apenas recebendo visitantes, mas julgando se eles eram dignos de entrar.
Olivia sentiu o estômago revirar. Não era medo. Não era exatamente raiva. Era um misto dos dois, embrulhado na certeza de que cada espaço daquela casa, guardava um teste para sua resistência.
O carro avançou pela longa entrada de pedras, ladeada por jardins impecáveis, cada flor podada com precisão militar.
No banco de trás, Léo estava colado à janela, os olhos brilhando e ele não parava.
— Mãe! Olha o tamanho dessa casa! Parece um castelo! É maior que o pátio do hospital! — Ele virou para ela, ansioso. — Será que tem piscina? E cachorro?
Olívia tentou sorrir, tentando que a voz soasse leve.
— Não sei… Mas a gente vai descobrir logo, meu amor.
Por dentro, tudo dela estava em guerra. Cada metro que se aproximava da porta principal parecia reduzir sua capacidade de respirar. Já ensaiava mentalmente mil formas de sobreviver àqueles dias, mas nenhuma