Capítulo 133

A primeira vibração do celular sobre a mesa de jantar foi como o rastro de um inseto em sua pele. Olívia não moveu um músculo. Seus olhos, ainda inchados e com sombras roxas de uma noite sem sono, permaneceram fixos nos veios da madeira barata, como se pudesse encontrar ali um mapa para escapar do próprio caos.

O som se repetiu, mais insistente desta vez. Um zumbido agressivo que cortou o silêncio abafado da manhã e pareceu vibrar no centro de seu peito.

Carla, enrolada em uma camisola desbotada e segurando uma caneca de café que não a aquecia, observou a amiga da pia. Seu rosto era um quadro de preocupação cautelosa. Ela conhecia cada microexpressão de Olívia, cada contração de seu queixo, cada sombra que passava por seus olhos. E o que via agora era a quietude perigosa que precede uma erupção.

— Vai atender? — a pergunta de Carla saiu num sussurro, como se falar mais alto pudesse detonar algo frágil e fundamental entre elas.

Olívia não respondeu de imediato. Ela fechou os olhos, pux
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