capítulo 6

Isadora

Desde o instante em que meus olhos encontraram os dele naquela sala fria e luxuosa, algo em mim quebrou.

Deveria estar de luto. E estava. Mas não era só pela perda. Era também pela presença avassaladora de um homem que não fazia sentido ali, naquele contexto de dor — e mesmo assim, dominava tudo com o simples ato de respirar.

Leonardo Ferraz.

Meu tutor.

O homem que, por obrigação judicial, deveria cuidar de mim.

Mas que, por ironia cruel, despertava tudo que eu mais tentava enterrar.

Ele era um monumento de arrogância e controle. Alto, com ombros largos e uma elegância que parecia natural. Caminhava como quem sabe que o mundo se curva diante dele. E seus olhos… aqueles olhos negros, frios como o inverno e profundos como abismos. Bastava me olhar por dois segundos e eu sentia o ar falhar nos pulmões.

A voz dele então…

Grave.

Autoritária.

O tipo de voz que não aceita réplica.

E eu… me odiava por sentir um arrepio só de ouvi-lo pronunciar meu nome.

Tentei resistir. Juro que tente
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