Capítulo 12

Nos dias seguintes, Léo cumpriu sua promessa. Me levava ao médico, me ligava toda noite, me trazia comida mesmo quando eu dizia que não precisava. Era cuidadoso. Presente. Quase perfeito demais.

E talvez fosse isso que começou a me incomodar.

Algo no olhar dele, nos silêncios longos, nas respostas medidas… era como se ele estivesse sempre a um passo de dizer algo importante — e decidisse, no último instante, engolir a verdade.

Eu não era estúpida.

Tinha convivido a vida inteira com a manipulação da minha mãe. Sabia reconhecer quando alguém me dava carinho demais, na hora exata, como se tentasse anestesiar minhas perguntas.

E eu tinha muitas.

Por que Dante tinha sumido tão de repente? Por que não respondia? Por que o Léo sabia tanto sobre o que “ele deveria estar fazendo”, mas nunca dizia onde ele estava? Ou com quem?

Na terceira noite em que dormi na casa do Léo — por insistência dele, porque segundo ele “era mais seguro” —, comecei a vasculhar em silêncio. Nada invasivo. Ainda. Apena
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