Capítulo 11

Léo me viu antes que eu o chamasse. Estava encostado no balcão, como sempre, com aquele jeito relaxado que escondia mais do que mostrava.

— Helena? — perguntou, surpreso, ao me ver. — Tá tudo bem?

— Eu preciso falar com o Dante.

Ele franziu a testa.

— Ele não tá vindo aqui ultimamente.

— Você sabe onde ele tá?

— A gente não tem andado muito próximo.

— Por favor, Léo — minha voz saiu falha, carregada de desespero contido. — É importante.

Ele me olhou como se finalmente percebesse a urgência nos meus olhos. O rosto dele mudou. Ficou mais sério. Mais atento.

— Você tá bem?

— Não — sussurrei. — E eu não posso lidar com isso sozinha.

Léo respirou fundo. Tirou o celular do bolso. Olhou pra tela. Depois pra mim.

— Entra comigo. Vamos conversar em um lugar mais calmo.

E foi naquele momento que eu soube: se Dante não viesse até mim, eu iria até o fim do mundo atrás dele.

Porque agora… não era mais só sobre nós dois.

Era sobre uma vida crescendo dentro de mim.

O camarim da boate era pequeno, ab
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