Ele sumiu.
Do nada, como se tivesse evaporado da minha vida. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação. Nem um olhar disfarçado. Dante simplesmente… desapareceu.
Nos primeiros dias, achei que era orgulho. Nos outros, comecei a duvidar do que tínhamos vivido. Será que foi tudo coisa da minha cabeça? Só mais um jogo dele?
Tentei não pensar, me joguei nos estudos, nos compromissos. Mas era impossível. Ele estava em cada música, em cada esquina, em cada gole de vinho que eu tentava usar pra enganar o vazio.
E, como se o universo quisesse me castigar de vez, minha mãe apareceu na minha porta numa tarde qualquer, com um sorriso de falsa serenidade e uma proposta absurda.
— Arthur sente sua falta, querida. Vocês poderiam jantar. Nada demais. Só conversar, matar a saudade…
Quase ri.
— Arthur? Depois de tudo?
— Ele errou, mas é um bom partido. Conhecido da família, advogado de carreira promissora. Muito melhor do que…
— Do que quem, mãe?
Ela hesitou. Mas eu percebi. Ela sabia. Ou desconfiava.
— Você n