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Nos braços da Máfia
Nos braços da Máfia
Por: LunaNova
Capítulo 1 – Helena

Eu não estava ali por acaso. Também não estava por coragem. Eu só queria esquecer.

Era o tipo de lugar que minha mãe detestaria — luxuoso, decadente e com cheiro de pecado. A Boate Verona era conhecida por atrair milionários entediados, empresários corruptos e os tipos de homens que não se acham no G****e. Mas pra mim, naquela noite, era o esconderijo perfeito. Depois de pegar o Arthur com outra na cama que eu pagava, eu só queria uma bebida forte e a sensação de que eu ainda era dona de mim.

O ambiente era envolto em veludo vermelho, luzes âmbar filtradas por lustres de cristal, e uma trilha sonora que misturava jazz moderno com batidas eletrônicas sutis. O bar, todo em mármore preto com detalhes em dourado, parecia saído de um filme de gângster.

Me aproximei e pedi um uísque duplo. A bartender me olhou de cima a baixo, surpresa. Uma mulher bem-vestida, sozinha, pedindo dose dupla como se precisasse daquilo pra não desmoronar.

— Duro dia, princesa? — a voz veio de trás. Grave, levemente debochada.

Virei o rosto devagar. Um homem encostado no balcão, sorriso de canto, tatuagens visíveis no pescoço. Alto, olhos verdes, cabelo castanho escuro com um leve ondulado bagunçado pelo vento ou pela vida. Usava uma camisa preta aberta no colarinho e um paletó escuro por cima — um visual elegante demais até mesmo praquele lugar. Mas ele carregava com charme e descaso.

— Já tive piores — respondi, bebendo o uísque num gole só.

Ele soltou uma risada baixa.

— Gostei de você. Tem cara de problema — disse, se aproximando com aquele andar preguiçoso de quem sabe que é desejado.

— E você tem cara de encrenca. Qual dos dois vai arriscar mais? — retruquei, deixando um meio sorriso escapar.

Ele estendeu a mão.

— Léo.

— Helena — aceitei o aperto de mão, firme. O toque dele era quente. Confiante.

Conversamos por alguns minutos. Ele era provocador, cheio de charme fácil, e me arrancou algumas risadas. Mas eu não queria jogo naquela noite. Só queria esquecer o nome Arthur e tudo que vinha junto com ele. Pedi mais uma dose.

E foi aí que ele entrou.

Não como os outros. Não com barulho. Mas com presença.

Um terno escuro impecável, alfaiataria italiana. Gravata solta, expressão indecifrável. O olhar dele se fixou em mim no segundo em que passou pela porta, escoltado por dois homens de terno com expressão de segurança e silêncio. Intenso. Quase primitivo. Era o tipo de homem que não precisava levantar a voz pra ser ouvido. Que não precisava tocar pra marcar.

— Dante — Léo murmurou, quase num aviso.

Dante se aproximou com passos calmos, como se o tempo se curvasse ao redor dele. Parou ao nosso lado. Ignorou Léo. Olhou direto nos meus olhos.

— Quem é ela?

— Helena — respondi por mim mesma, erguendo o queixo.

Ele sorriu. Um sorriso torto. Lento. Letal.

— E o que uma mulher como você tá fazendo aqui, Helena?

— Bebendo. Fugindo. E, talvez, me metendo com o cara errado — respondi.

Ele se inclinou levemente, só o suficiente pra invadir meu espaço, meu ar, meu pulso acelerado. O perfume dele era amadeirado, quente, caro. Perigo com notas de sofisticação.

— Ou talvez, finalmente, com o certo.

Léo pigarreou ao lado, desconfortável. Havia tensão ali. Algo antigo. Algo não resolvido.

Mas meu corpo já não ouvia minha mente. Eu estava sendo puxada pra aquele homem como se meu instinto mais primitivo gritasse por ele.

Perigo. Luxúria. Caos.

E naquela noite, eu queria todos os três.

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