Angelina Da Costa
O sábado começou animado.
Havia tempo que eu não ligava o rádio nem procurava uma música para limpar a casa.
A trilha sonora, nos últimos anos, sempre foi a dos meninos ou a de Samara. Mas naquele dia, algo dentro de mim despertou diferente.
Acordei tomando um banho demorado, me depilando, hidratando o cabelo, colocando meu short jeans branco favorito, uma regata vermelha, quase top. Ao ver a mensagem de Saulo, mandei uma foto que eu sabia que o deixaria animado ou louco. E minha intenção, era de fato deixa-lo um dos dois.
A verdade é que eu já não sabia mais o que fazer com ele, conosco, mas queria que o fim de semana passasse voando, só pra logo estar na sala com ele de novo.
Coloquei um samba pagode do sorriso, desses aleatórios de playlist, e comecei a faxina.
Não demorou para Raul aparecer na janela, começando a limpar o jardim, enquanto olhava disfarçadamente para dentro de casa. Não disse nada. Só me observava. E eu, por minha vez, continuei dançando e lim