Se contenha, doutor

Angelina Da Costa

Era como uma avalanche de borboletas azuis no meu estomago.

Era isso o que eu sentia quando a mão dele se fechava sobre a minha.

Uma correnteza contra a maré.

Os olhares de curiosidade vinham de alguns lados ou talvez fosse coisa da minha cabeça.

Ainda assim, procurei algum rosto conhecido, como se precisasse de confirmação de que aquilo era real, de que alguém estava vendo o que Saulo Prado estava fazendo. Segurando minha mão. Em público. Com naturalidade. Com firmeza. Como se dissesse: que sou dele.

A mão dele tão quente, maior que a minha, os dedos entrelaçados aos meus com tanta segurança que me fez tremer mais por dentro.

O carro parecia cada vez mais distante a cada passo. Ou eram as minhas pernas que não queriam seguir?

Meu corpo ainda vibrava pelo julgamento, pela tensão que ficou acumulada, e agora, por essa ousadia. Ou seria carinho? Coragem? Eu não sabia definir. Só sabia que ele não parecia preocupado com quem olhava. Como podia?

Submersa nesses pens
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