Saulo Prado
Quando minha mãe me contou, meu mundo pareceu girar em câmera lenta. Angelina grávida. Eu mal podia acreditar. O sexo entre nós sempre foi frequente, intenso, impossível de negar, mas nunca imaginei que algo assim aconteceria depois dela ter reagido de forma tão clara quando sugeri termos uma garota. Pensei até na ideia de adotarmos, mas ela rejeitou. E ainda assim, mesmo que o fórum, meu trabalho, e o mundo inteiro me devorassem, a ideia da sua gravidez não saiu da minha cabeça, a minha mãe já declarava a guerra perdida, achando que o filho não era meu.
Era meio da tarde quando o celular tocou. Olhei para o identificador de chamadas e não pensei duas vezes: Diogo.
- Oi, Diogo. - Atendi, cauteloso, sentindo o coração bater rápido, por estarmos ligados a mesma mulher.
Do outro lado, veio a provocação seca, quase ofensiva:
- Por acaso seu pau é pequeno demais ou você não conhece preservativo?
Afasto o celular da orelha, sentindo o constrangimento do que Geraldo, meu assi