Angelina Ribeiro
Ele me prendia contra a parede como se fosse a única coisa que o mantinha vivo. Meu corpo reagia em chamas, sem obedecer ao que restava da minha razão. Quando senti suas mãos firmes apertando minha cintura, deslizando para minhas coxas, percebi que já não havia retorno.
Saulo me ergueu como se eu fosse leve demais, e minhas pernas se enroscaram em sua cintura. Ele caminhou comigo nos braços, me beijando com fome, como se quisesse devorar cada pedaço de mim, até me levar para o sofá.
Quando minhas costas tocaram o colchão, ofeguei. Estava atônita, perdida no turbilhão dele. Ele se inclinou sobre mim, o peso do seu corpo pressionando o meu, e eu não sabia se queria fugir ou implorar para que nunca saísse dali.
- Você é minha... - murmurou contra a minha boca, beijando-me com brutalidade e ternura ao mesmo tempo. - Sempre foi, sempre será.
- Saulo... - protestei, mesmo quando minhas mãos já agarravam sua nuca, puxando-o mais para perto. - Isso é loucura...
- Então que se