Acordei antes do despertador, como todos os dias, depois que entrei para a empresa. Senti um frio no estômago, como se algo estivesse para acontecer. Talvez fosse apenas o peso da semana — tantas reuniões, viagens, responsabilidades. Mas, no fundo, sei que não é só isso.
É ele.
Gabriel Rodrigues.
O homem que, de alguma forma, se infiltrou nos meus pensamentos e não me deixa em paz.
Vesti uma saia lápis preta e uma camisa creme, tentando parecer o mais profissional possível. Passei o batom nude que gosto e prendi o cabelo em um coque firme. Se eu parecia sentir algo que não deveria, pelo menos precisava esconder bem.
Quando cheguei à empresa, eram apenas 8h, e o ambiente ainda estava silencioso. O andar do presidente sempre tem um ar de imponência, como se cada parede lembrasse a todos quem manda ali.
Sentei na minha mesa e organizei os relatórios do dia. Precisávamos revisar o contrato de uma fusão importante, e eu queria estar preparada antes que ele chegasse.
Poucos minutos depois,