Margarida
Três dias se passaram.
Eu e Ronaldo não conversamos sobre o que aconteceu, mas também não ficou aquele clima esquisito. Apenas... seguimos com a vida.
A cada dia que passa, fica mais difícil olhar para ele e não lembrar de tudo o que fizemos. E toda vez que lembro, meu corpo reage. Fico suada, vermelha — um pimentão vivo.
— Está pronta? — ouvi sua voz na porta do quarto.
— Sim, vamos.
Peguei a bolsa e o segui para fora de casa. Hoje, teríamos uma reunião com um grupo de fora, que veio tratar de um novo empreendimento.
No carro, o silêncio reinou por alguns minutos, até que ele quebrou:
— Conversou com a Emma? Ela comentou o motivo de não querer mais nenhuma colega por perto?
Ronaldo parecia genuinamente preocupado.
— Podemos falar sobre isso na volta? Preciso conversar com você... com calma. — pedi.
Ele assentiu com a cabeça, mas o olhar entregava a preocupação que tentava disfarçar.
Eu ainda não entendia por que Ronaldo estava me levando para essa re