Ronaldo
— Vai me dizer ou não vai? — indaguei, ansioso. — Ela está estranha e só conversa com você.
Margarida suspirou.
Tínhamos acabado de acordar, e para minha surpresa, a babá informou que Emma se recusava a descer para tomar café da manhã e ir à escola. Minha paciência se esgotou. Eu queria respostas. Agora.
— Ronaldo...
— Seja o que for, eu vou ajudar. Mas eu preciso saber. — falei com firmeza.
— Certo... ela só está assustada, e pediu para não te preocupar. Emma é um doce, e...
— Margarida. — interrompi. — Eu quero saber o que aconteceu. — insisti.
Ela puxou o ar com força e caminhou até a janela. Ainda de camisola, o vento bateu de frente e fez o tecido leve voar suavemente, revelando sua silhueta. Sob a luz do sol, com os cabelos bagunçados pela brisa, ela parecia uma pintura viva.
— Ela quer mudar de escola. — disse de uma vez. — Está tendo problemas com as colegas. Algumas crianças podem ser... cruéis.
— Eu sei disso. — afirmei com convicção.
Quando se