Uma semana se passou e eu ainda estava pensando. Todos os dias, eu olhava para o cartão com o nome de Ronaldo Valvani. Passava os dedos sobre as letras em relevo, me perguntando se deveria mesmo confiar nele. Era tudo tão rápido… tão inesperado. – Margarida, você passou a semana inteira dentro dessa casa. Precisa sair, respirar um ar puro. Vamos. – Anna apareceu na porta do quarto, firme. – Não posso. Estou tentando encontrar algum advogado para pegar minha causa. Mas, quando descobrem contra quem é... desistem. – suspirei, frustrada, afundando ainda mais no colchão. – Mais um motivo para sair. Você precisa de clareza, de força. Não vai encontrar isso se continuar trancada aqui. Vamos, não aceito “não” como resposta. A encarei. Quando Anna tomava uma decisão, não havia como fazê-la recuar. Ela sempre foi a minha amiga teimosa, e agora, talvez, eu precisasse disso. Assenti, me rendendo. Fui até o quarto, peguei minha bolsa e saímos. Com o dinheiro que consegui transferir a
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