O restaurante que escolhi, pertence ao meu amigo Erick, eu nao me sentaria na mesma mesa que um homem como João se não conhecesse o ambiente. O lugar era de luxo, mas o clima entre nós estava longe de ser refinado. Luzes suaves, garçom discreto, vinho caro… um cenário cuidadosamente escolhido para parecer civilizado. Mas eu sabia exatamente o que João queria com aquele convite: confronto.
Ele estava sentado à cabeceira da mesa como se ainda comandasse o mundo. Terno impecável, sorriso ensaiado. Mas os olhos… os olhos traíam sua verdadeira intenção: raiva.
— Ronaldo — disse, estendendo a mão com aquela arrogância natural —, obrigado por vir.
Apertei sua mão com firmeza, mantendo o olhar. Meu sorriso foi mínimo. Cordialidade, apenas o suficiente.
— Quando um concorrente nos convida para jantar, é sempre por um bom motivo — respondi, puxando a cadeira.
João riu, tentando disfarçar o incômodo. Mas não demorou.
— Vou direto ao ponto — disse ele, recostando-se —. Você casou com