Lara
O silêncio pesado da suíte foi quebrado pelo som de um trovão distante. A chuva começava a cair lá fora, grossas gotas batendo contra o vidro da janela. A garrafa de vinho ainda estava sobre a mesa, como um lembrete sombrio de que algo — ou alguém — estava nos observando de perto.
Alexandre continuava de pé, com os olhos fixos no celular, mandando mensagens rápidas e precisas para seus contatos. Eu sabia que ele estava tentando assumir o controle da situação, mas a tensão em seu rosto dizia que ele estava mais preocupado do que queria admitir.
De repente, o som de algo se quebrando na varanda me fez gelar.
— Alexandre... — sussurrei, mas ele já havia percebido.
Em um movimento rápido, ele pegou a arma que mantinha em sua mala e fez sinal para que eu ficasse atrás dele.
— Fique aqui. Não se mova — ele disse em um tom baixo e autoritário.
Meu coração estava disparado, cada batida soando como um tambor nos meus ouvidos. Ele se aproximou da porta da varanda, cuidadosamente. O barulho