Alexandre
O quarto do hospital estava cheio de uma paz diferente, quase sagrada. Lara repousava na cama, exausta mas feliz, e Miguel dormia serenamente no bercinho ao lado. Eu não conseguia parar de olhar para ele, como se a qualquer momento aquele sonho pudesse escapar entre meus dedos.
Foi então que a porta se abriu devagar e Dona Cecília entrou, com Thiago e Júlia logo atrás. Minha sogra segurava um buquê de flores, enquanto os pequenos, com olhos brilhando de emoção, vinham trazendo um ursinho de pelúcia e um balão escrito "Bem-vindo, Miguel".
— Meu Deus... — Dona Cecília sussurrou, levando a mão ao peito quando viu o netinho pela primeira vez.
Thiago correu até o bercinho, olhando para o irmãozinho como se fosse a oitava maravilha do mundo.
— Ele é tão pequeno... — disse, com um sorriso de orelha a orelha.
Júlia, mais contida, chegou perto da cama de Lara e a abraçou com cuidado.
— Você foi incrível, mana.
Lara sorriu emocionada, acariciando o rosto da irmã.
Logo depois, meus pai