Alexandre
O dia do julgamento de Luiza chegou. Eu nunca imaginei que precisaria sentar em um tribunal para assistir minha própria irmã sendo julgada por crimes contra mim e minha família. A dor de tudo isso não dava para ser descrita. Lara segurava minha mão, tentando me passar força, e meus pais estavam ao meu lado, cabisbaixos, desolados.
Quando Luiza entrou no tribunal, trajando o uniforme bege de detentos, meu coração apertou. Minha mãe não conseguiu conter o choro, escondendo o rosto nas mãos. Meu pai, sempre tão firme, deixava lágrimas discretas caírem enquanto encarava o chão.
O promotor apresentou as provas: áudios, transferências bancárias, confissões gravadas, depoimentos do Zeca, o mecânico, e de outros envolvidos. Era irrefutável. Luiza havia planejado tudo ao lado de Augusto, Lucas, Júlio e Zeca. Ela havia se tornado tudo o que nossos pais sempre temeram.
Quando o juiz leu a sentença, o peso do momento caiu sobre todos nós:
— Luiza, a senhora está condenada a dezoito anos