Alexandre
O dia do julgamento de Augusto finalmente chegou. O tribunal estava lotado — jornalistas, curiosos, policiais. Todos queriam ver o desfecho daquele caso que havia tomado conta das manchetes. Eu estava sentado com Lara, que segurava minha mão com força. Meu pai e minha mãe também estavam ali, em silêncio, carregando a dor de ver a família despedaçada por dentro.
Augusto entrou algemado, cercado por seguranças. Seus olhos procuraram Luiza no meio da plateia, mas ela não estava lá. Talvez porque soubesse que não havia mais como salvá-lo. Ele parecia menor do que eu lembrava, como se o peso de tudo o que tinha feito estivesse esmagando seus ombros.
A acusação foi implacável. Apresentaram provas irrefutáveis: gravações, depoimentos, transferências bancárias, mensagens interceptadas. O promotor falava com convicção, cada palavra era um golpe certeiro. O plano para sabotar o carro, o envolvimento de terceiros, a conexão direta com os ataques contra mim e Lara. Estava tudo lá, escan