Os Primeiros Passos da Esperança
A brisa matinal do interior uruguaio trazia consigo o cheiro de terra molhada e lavanda silvestre. O sol, ainda tímido, iluminava os campos dourados que cercavam o hotel-fazenda parcialmente reconstruído.
Parte da fachada ganhara nova pintura, e uma varanda ampla, com redes coloridas, abraçava o prédio principal como um convite silencioso à paz. Ao longe, risos infantis ecoavam entre as árvores.
— Eles chegaram. Disse Maria, com os olhos marejados, enquanto observava o pequeno ônibus branco estacionar.
Do veículo, crianças de diferentes idades desciam, algumas segurando firmemente os pequenos sacos com seus pertences, outras apenas observando em silêncio, como se seus olhos tentassem absorver aquele novo mundo.
Catalina foi a primeira a se ajoelhar diante de uma garotinha de tranças loiras.
— Oi, meu nome é Cata. Posso te mostrar os cavalos depois do almoço? Perguntou com delicadeza.
A menina hesitou, mas seus olhos brilharam com uma centelha t