Narrado por Ares Marino
Vinte e quatro horas.
Foi o que eu dei.
E vinte e três horas e cinquenta minutos depois, Apolo e Zeus estavam de volta.
Na mesa diante de mim, um fichário de couro preto repousava como se fosse apenas mais um documento qualquer. Mas não era. Era o catálogo da morte. Uma lista sagrada, marcada com sangue, com o nome de cada desgraçado que ousou tocar no meu território, na minha honra, na minha mulher.
Apolo jogou o fichário sobre a mesa com força.
— Aqui estão todos. Do entregador que desviou a encomenda até o infiltrado da segurança. A lista tem 17 nomes.
Zeus cruzou os braços. O olhar dele estava ainda mais escuro do que ontem.
— Investigamos um por um. E não teve erro. Se tá nessa lista, é porque teve o dedo sujo no atentado.
Abri o fichário.
Nome por nome.
Homens que eu conheci. Homens que estiveram nas minhas festas. Homens que me serviram vinho. E que, pelas minhas costas, serviram munição aos meus inimigos.
Apolo continuou:
— O cozinheiro entregou os horá