Capítulo 4 – Agora eu sei quem ela é. E não vou parar até ela saber quem eu sou.
Narrado por Apolo Marino
O sol mal tinha nascido e eu já estava de pé, sentado à beira da cama com um cigarro aceso entre os dedos e a cabeça girando a mil.
Não dormi.
Não consegui.
A imagem dela... Violeta.
Cada detalhe, cada olhar, cada palavra atravessava minha mente como lâmina fina e silenciosa.
A garota me desarmou com duas frases e um olhar.
E isso me deixou doente.
Às 8h em ponto, Rafael e Enzo bateram na porta. Eu já esperava. Sentei na poltrona da varanda, o copo de bourbon vazio no chão, e fiz sinal pra entrarem.
Rafael segurava uma pasta preta. Grossa. Encapada.
Quando me entregou, falou com a cautela de quem pisa em terreno minado:
— Conseguimos tudo. Nome, documentos, histórico, vida acadêmica, movimentações financeiras, médico da mãe, valor da cirurgia, tudo.
— Você teve as 24 horas que pediu. Terminamos em 22.
Peguei a pasta como quem pega uma arma.
Ali dentro estava