Narrado por Ares Marino
A sala era escura, só com uma luz pendurada no centro da mesa de mármore. Tudo ao redor cheirava a couro, charuto e pólvora. Um lugar feito pra intimidação. Um lugar que não me assustava.
Alonso estava sentado na outra ponta, com os braços abertos como se fosse o dono do mundo. Usava um terno preto, barba bem feita, sorriso de predador. A postura de quem já matou com as próprias mãos e não perdeu uma noite de sono por isso.
Alonso: — Vamos ao ponto. Eu não vou matar o Apolo.
Mas… eu quero a garota.
A mão do Apolo estalou na mesa. Forte. Rápida. Quase quebrou o tampo.
Apolo: — Ela não é moeda de troca.
Você quer minha cabeça, me enfrenta. Mas não encosta um dedo nela.
Fiquei em silêncio. Zeus, do meu lado, arqueou uma sobrancelha. Até ele, que vive rindo das merdas do mundo, ficou sério.
Alonso estreitou os olhos.
Alonso: — Então ela é especial, hm?
Apolo (duro): — To