Narrado por Apolo
O celular vibrou no bolso do meu casaco no exato momento em que eu terminava de revisar os relatórios sobre Alonso Herrera. Nome por nome. Esquema por esquema. Uma rede suja que cobria metade da América Latina e lambia a Europa com os dedos ensanguentados.
A tela piscava com o nome que eu já imaginava.
Ares.
Respirei fundo antes de atender.
Já sabia o tom que ia encontrar do outro lado da linha.
Apolo: — Fala, irmão.
Ares: — VOCÊ TÁ MALUCO, APOLO?!
Sorri de leve.
Já esperava o berro.
Apolo: — Bom dia pra você também.
Ares: — Você matou o irmão do Alonso numa boate nossa, cercado de testemunha, com câmera?! Você perdeu o juízo ou tá tentando começar a Terceira Guerra Mundial no meio da minha lua de mel?
Apolo: — Você viu o que o desgraçado tentou fazer com a Violeta?
Ares: — Vi. E não tô dizendo que ele não merecia. Mas você não pensou UM SEGUNDO nas consequênc