Narrado por Zeus Marino
A palavra saiu da minha boca como se fosse só um verbo comum, mas o ar aceitou o peso e transformou aquilo em sentenças: “Que comece.”
Não disse “mate”, “ataque” ou “exploda”. Disse “comece”, porque a guerra que eu queria não era espetáculo bruto — era retaliação calculada, total, aquela que parte do bolso, do radar, das alianças, e que, se preciso, sujaria as ruas. Era o sinal que libera todos os planos que estivemos arquitetando às pressas, um botão que já havia sido costurado em meses de raiva.
Ares ouviu e não sorriu. Apolo cerrou os punhos. Enzo fez o movimento automático de confirmar. Era tudo o que precisava: irmãos alinhados, gente com mapa, homens prontos e uma casa com fome de resposta.
Primeira frente: economia. Ordenei que os contratos fossem congelados, que parceiros recebessem uma versão curta e cortante do nosso relatório, que as companhias de seguro reavaliassem exposição — e que, por baixo, meus contatos começassem a oferecer alternativas a que