Ponto de Vista de Annabelle
A manhã depois da tempestade
Acordei com o calor do corpo de Andreas envolvendo o meu, sua respiração lenta e profunda roçando a curva do meu pescoço. Por um breve momento, deixei-me afundar naquela sensação — o peso seguro do meu companheiro, o cheiro dele misturado ao meu, a lembrança da noite selvagem que compartilhamos.
Uma noite que tinha apagado a fúria, mas não apagaria as consequências.
Abri os olhos lentamente.
Luz suave entrava pela janela, iluminando o quarto que ainda carregava a energia da nossa união. Meus músculos doíam de forma deliciosa, minha pele ainda ardia onde as mãos dele me tocaram, e meu coração estava mais calmo do que estivera em dias.
Mas a paz durou pouco.
A realidade sempre volta.
Sempre.
Suspirei fundo e me sentei, puxando o lençol até a cintura. Andreas mexeu-se atrás de mim e tocou minhas costas com a ponta dos dedos.
— Já está acordada, minha tempestade? — a voz dele saiu rouca, grave, carregada de sono.
Fechei os olhos p