A sala do Conselho estava em silêncio, um silêncio que pesava como chumbo sobre os ombros de Annabelle. O mármore negro refletia as tochas mágicas que ardiam em azul, lançando sombras que dançavam pelas paredes esculpidas com símbolos antigos. Cada cadeira ao redor da mesa era ocupada por figuras de poder: alfas, bruxos, líderes de clãs e, no centro, Michael — o humano escolhido para representar sua espécie.
A acusação pesava no ar. Dois jovens, Apolo e Arthur, gêmeos de apenas dezessete anos, haviam matado o próprio pai — um alfa que jurara lealdade a Maginos e que, mesmo após a queda do demônio, continuara cultivando crueldade e trevas dentro da própria alcateia.
Annabelle, a Rainha, permanecia de pé, as mãos firmes sobre a mesa. Seu coração, no entanto, pulsava em descompasso, lembrando-se da cena que testemunhara.
Ela e Andreas haviam chegado àquela alcateia prontos para julgar os jovens. A lei era clara: nenhum lobo poderia matar seu alfa sem enfrentar o castigo. Mas nada a prepa