O tempo passara com a rapidez de um sopro, e agora os filhos de Annabelle e Andreas, os gêmeos Benjamin e Bernardo, já tinham vinte e um anos. Jovens adultos, estudando em prestigiadas universidades no mundo humano, passavam mais tempo em bibliotecas, laboratórios e centros de pesquisa do que dentro das paredes do refúgio sobrenatural. O sangue real que corria em suas veias sempre os colocaria em destaque, mas eles haviam herdado dos pais não apenas o poder, como também o desejo de trilhar caminhos próprios.
Annabelle, embora orgulhosa, sentia a distância como uma punhalada silenciosa. A maternidade era um vínculo que nenhuma coroa conseguia suavizar. Cada carta, cada ligação, era um misto de alegria e dor. Seus filhos estavam crescendo, ganhando o mundo, mas isso significava que a Rainha já não os tinha ao seu lado.
Andreas compreendia essa dor, ainda que nunca admitisse em voz alta. Seu modo de lidar com a ausência dos filhos foi mergulhar no treinamento de Apolo e Arthur. O rei sab