Wallace Thane
Nelson, CA
Deitei Madson com cuidado sobre a cama que, em breve, se tornaria o refúgio dela dentro da minha casa. Ajustei a posição de seu corpo com delicadeza, puxando o cobertor apenas o suficiente para protegê-la do frio sem prendê-la. Seu rosto estava pálido demais, os cílios longos repousando sobre a pele clara, e tudo o que eu conseguia ouvir era o som de seu coração — um som que, naquele momento, parecia gritar mais alto dentro de mim do que qualquer outro ruído da casa.
Agucei minha audição, instintivamente, e passei a contar as batidas.
Uma.
Duas.
Três.
Lentas demais.
Irregulares demais.
Um frio percorreu minha espinha. Um tipo de frio que não tinha nada a ver com a temperatura do quarto. Era pressentimento. Era instinto. Era medo puro, cru, essencial. Uma angústia violenta tomou conta do meu peito, esmagando meus pulmões como se mãos invisíveis apertassem minhas costelas. Ela não podia morrer. Não ali. Não daquele jeito. Não sob o meu teto.
Não enquanto eu resp