Madson Granger
Nelson, CA
Depois que saímos da casa da minha tia, Wallace pegou a estrada em silêncio, e por instinto eu também calei. Havia algo naquela quietude que não era confortável, mas também não era hostil — era densa, carregada de pensamentos que ele escondia tão bem quanto as árvores enormes que começavam a cercar o caminho. Conforme nos afastávamos da parte habitada da cidade, as casas iam ficando mais raras, as ruas mais estreitas e o mundo parecia cada vez mais distante do que eu conhecia. Em poucos minutos, já estávamos completamente engolidos por uma estrada cercada por pinheiros altos, antigos, que se inclinavam uns sobre os outros, formando uma espécie de túnel vivo sobre o asfalto úmido.
A subida era suave, quase imperceptível, mas o isolamento crescia a cada metro. Não havia carros. Não havia pessoas. Não havia placas. Apenas o som dos pneus contra a estrada e o vento batendo levemente nos galhos. Depois de aproximadamente dez minutos, algo começou a surgir entre as