CAPÍTULO 129.

Darina.

Depois que o insensível do Eliyahu foi embora logo após o almoço, dizendo que tinha "coisas a fazer" — como se eu fosse só mais uma tarefa dele — Nery me deu um comprimido pra dor de cabeça. Aparentemente, parecia se importar. Mas, sinceramente, até a bondade deles tem gosto de plástico. Tudo aqui é bonito demais, limpo demais, falso demais. Parece que qualquer sujeira emocional é varrida pra debaixo dos tapetes persas.

E aí vem o pior: fui arrastada pelo ritmo das mulheres da família pra sala de estar. Um lugar com almofadas caras, tapeçarias bordadas à mão e uma vista panorâmica do oceano, como se o mundo lá fora não existisse. Me enfiaram no meio da conversa como se eu fosse uma boneca que precisa ser entretida. Aparentemente, estar calada aqui é ofensivo.

Eu não quero conversar.

Não quero escutar a voz leve e fina de Âmbar contando histórias de viagens que custam mais do que toda a minha existência. Não quero ouvir Anastácia reclamar que os novos empregados não sabem servi
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