O príncipe e Sheik de Abu-Dhabi, Hassan, se encontrava com problemas políticos em seu reinado, em sua vida amorosa e familiar. Ao completar 27 anos lhe é aconselhado casar-se, entretanto ele não poderia desposar a mulher com quem tinha um romance, uma modelo conhecida mundialmente pelos escândalos, dado aos seus princípios. Em meio à crise política, encontra uma forma de evitar o fracasso de seu reinado e ainda despreocupar-se das pressões recebidas: decide se casar com uma coreana para estreitar os laços com o oriente e conseqüentemente aumentar a sua influencia. A escolhida é Yoon Hee, uma jovem coreana de 22 anos. A sua família, anteriormente, fora muito influente, mas depois do pedido de falência se vê sem amigos e tendo que lutar por tudo. Ela não entende o motivo de ser escolhida pelo príncipe Hassan, mas enxerga uma oportunidade para melhorar de vida e, por isso, aceita, e logo na primeira semana casada arrepende-se. Descobre que seu marido tem um caso com outra mulher e vê em Mahir, irmão de Hassan, alguém em quem confiar em meio a um país estranho, onde não conhece nada e muito menos entende o que eles falam. Pode o amor surgir quando menos se espera e pela pessoa menos improvável, mas o que fazer quando uma paixão ultrapassa os limites da moral de um país?
Leer másOs Emirados Árabes, cuja capital é Abu-Dhabi, é formado por sete emirados localizados na costa ocidental do Golfo Pérsico. Cada um deles tem o mesmo nome de sua capital e é governado por um Sheik com total controle sobre os assuntos internos. O território é desértico e pontilhado de oásis, com regiões montanhosas e praias. Nesse cenário com belíssimas paisagens encontramos o Sheik Hassan, o filho mais velho do Sheik Hajib. Ele fora o escolhido para governar Abu-Dhabi, seu irmão mais novo, Mahir, tinha papel fundamental em sua vida: a de trazer-lhe confusões. Mahir era conhecido pelo mundo como o playboy das arábias. Seus escândalos eram sempre acobertados por seu irmão.
Sheik Hassan possuía, apenas, 27 anos, mas suas responsabilidades condiziam com seu titulo.
O palácio do Sheik Hassan era localizado no centro norte de Abu-Dhabi. Na sala principal um homem estava sentado, lendo tranquilamente um jornal estrangeiro. Olhou para o secretario parado em sua frente, dobrou as folhas do jornal e o encarou a espera do assunto urgente.
–Sheik, os rebeldes estão pretendendo atacar.
–Eles ainda não aprenderam não é? – um homem alto, com olhar frio e sorriso sedutor disse levantando-se do sofá – reúna alguns homens da elite. Quero o líder capturado.
–Sim, Sheik Hassan – o secretario disse curvando-se, saindo logo depois.
Hassan olhou pela janela e suspirou ao imaginar o que sua amada, Lana Sebastianini, estaria fazendo naquele momento. Suspirou e voltou a sua atenção para a crise que havia se instalado em seu reinado.
–O que está fazendo? – um homem alto, gordo e careca, gritou para a mulher em sua frente – leve as amostras para dentro do restaurante e depois volte para atender os clientes – falou ríspido.
Yoon Hee apenas assentiu, pegou as sacolas e entrou pela porta do fundo, colocou tudo na dispensa, respirou fundo e foi atender os clientes do restaurante. Ela era uma mulher baixa, com longos cabelos pretos e olhar triste. A sua vida não estava sendo fácil desde que seu pai falecera, há um ano, após perder tudo em que havia investido. Ela sustentava sua mãe e sua irmã com seus trabalhos de meio período. Após sair do trabalho, tarde da noite, olhou para o céu da Coréia, e ficou vislumbrando as estrelas durante alguns minutos, ela sentiu que algo iria acontecer, mas não sabia o que era. Caminhou ate a estação de trem e foi para casa. A única coisa que lhe passava em sua cabeça era em chegar em casa e descansar para o dia seguinte. Nessas horas ela ria de forma lamentável ao lembrar-se das aulas de piano e etiqueta que havia tido. Tudo naquele momento não lhe servia para nada, servia apenas para lhe trazer lembranças, as quais ela queria esquecer para encarar a nova realidade de frente.
Hassan ficou deitado observando a sua esposa que dormia encostada em seu corpo. Ele sabia que ela estava traumatizada e que o melhor a fazer seria mandá-la para Seul, mas não desejava ficar longe dela. Com desgosto lembrou-se de seu pai e fez uma careta ao imaginar que ele estaria disposto a sacrificar a vida de sua esposa por causa de um trono. Ele estava decidido a ter uma séria conversa com o sheik Hashib.–Mas antes posso ficar mais um pouco ao seu lado – murmurou ao abraçar Yoon Hee delicadamente.***Samira sorriu sem jeito ao ver Mahir segurar uma bandeja de forma desengonçada ao levar em direção à cama. Ele estava a tratando como uma princesa e ela não conseguia conter a felicidade que sentia.&ndas
Yoon Hee sempre escutou dizer que a vida passaria em frente aos seus olhos quando estivesse prestes a morrer. Ela nunca havia acreditado nisso ate aquele instante quando Ares apontou a arma para ela, e engatilhou-a. Mas o que ela estranhou foi que a sua vida não passou pelos seus olhos, mas sim os momentos em que havia se arrependido de ter feito algo. Se arrependeu por não ter amado com mais força, se arrependeu por não ter dado adeus a sua família e se arrependeu pelo seu filho não poder conhecer o mundo que ela tanto amava. A ultima imagem que surgiu em sua mente antes de escutar o tiro foi a imagem de Hassan sorrindo para ela em seu aniversario. Ela nunca havia sido tão feliz antes.Hassan aproximou o seu dedo do gatilho da arma ao ficar de frente para a porta do escritório de Ares. Dois homens estavam prontos para arrombar a po
O som do disparo ecoou pelo escritório e um corpo feminino caiu no chão ensanguentado. Ares olhou pasmo para a mulher e por um instante sentiu culpa, mas logo meneou a cabeça para espantar tais pensamentos. Ele não poderia recuar naquele momento, pois tudo dependia dele e de mais ninguém. Os rostos dos guardas demonstravam puro temor, pois perceberam o quão frio Ares havia se tornado.–Tirem-na daqui – olhou para a outra mulher e sorriu – agora sabe com quem está lidando – disse antes de virar de costas e sentar-se em sua cadeira ficando de frente para a poça de sangue.***Ji Myung abriu os olhos com dificuldade e não demorou para se lembrar de onde estava. Levantou-se com cuidado e olhou para a sua
Ji Myung caminhou por todo o palácio de Ares, registrando, mentalmente, a quantidade de guardas e sua força armada. Pegou o celular, escreveu uma mensagem rapidamente e logo enviou para Hassan. Eles estavam com pouco tempo, pois assim que Ares soubesse o que estavam tramando, tudo iria acabar, pois era certo a morte de Yoon Hee. Caminhou aparentando calma, mas em seu intimo estava nervoso. Com o tempo em que vigiava Yoon Hee aprendeu a gostar dela, aprendeu a sentir respeito e carinho pela pessoa que ela demonstrava ser."Se tiver que dar a minha vida a ela, eu irei fazer isso. Uma mulher, tão nobre como ela, não pode morrer desta forma pela ganância e vingança de um, só, homem"pensou determinado ao ir em direção ao escritório de Ares. Bateu na porta e logo escutou a voz que o fazia estremecer.
Hassan dirigiu pelas ruas inquieto. De alguma forma confiava em Ji Myung, ou melhor, confiava em Jim Sung, mas em seu intimo sentia que algo iria acontecer. Ele apenas temia que fosse com a mulher que ele amava ou com seu filho. Após alguns longos minutos, Hassan estacionou o carro em frente a um antigo quartel general, onde os melhores seguranças do palácio costumavam ficar a espera de ordens. Ao sair do carro avistou um dos jovens coronéis a sua espera do lado de fora. O saudou, olhou em volta e não demorou em entrar. Assim que a porta atrás de si fechou-se, viu os sete homens mais poderosos de Abu-Dhabi, não em dinheiro, mas em poder militar e estratégias de guerra.–Obrigado por terem vindo – Hassan disse altivo ao olhar para todos – presumo que já saibam o motivo da minha vinda. – ao vê-los
Hassan suspirou profundamente ao olhar para o seu pai, o rei Hashib, gritar no telefone com o chefe das forças especiais. Era como se o mandante do seqüestro não existisse. Não havia provas de sua existência em lugar algum, restando a eles apenas esperar. Desde a conversa com Ji Myung, Hassan mostrava-se mais calmo e controlado. Por algum motivo ele sentia-se leve ao saber que Yoon Hee não corria tanto perigo quanto imaginava.***Yoon Hee olhou frustrada para as paredes úmidas e sem vida de sua cela. Ela não sabia a quanto tempo estava ali embaixo, mas tinha certeza de uma coisa: Algo não estava certo. Toda a vez que ela tentava mencionar o fato de estar grávida a alguém, ele a interrompia."Será que ele não quer que ninguém saiba?" indagou ao escutar passos. Ela se levantou da cama e ao olhar para fora viu um homem cami
Último capítulo