Heitor D'angelo é um mega empresário de uma rede de empresas de contabilidade e advocacia. Um leão dos números e um predador quando quer algo. Mas o jovem e ambicioso bilionário deseja algo mais que uma conta bancária recheada de dinheiro. Ele almeja ter em suas mãos tudo o que um dia pertenceu ao seu pai, Roland D'angelo e para isso, ele está disposto a tudo, inclusive assinar um contrato de casamento. Isadora Dixon é uma jovem recém-formada em contabilidade. Uma garota que nasceu em berço de ouro. Contudo, do dia para a noite perdeu tudo o que tinha; o seu pai, o seu irmão mais velho e tudo que lhe restou foi a sua mãe doente e dívidas para pagar. Uma oportunidade bate a sua porta e ela não não resistirá em dizer sim. Um contrato de casamento. Uma jovem indomada. Um homem determinado. E uma assinatura que mudará tudo na vida desses dois!
Leer másIsadora.
— Seu nome, por favor!— Isadora Dixon.— Certo, Isadora! Temos uma vaga disponível para copa. Ela está bem longe do que o seu currículo nos oferece, mas… — Respiro fundo. A verdade é que eu já andei tanto e espalhei vários currículos por todos os lugares dessa cidade e nada. E o pior é que eu não posso esperar mais tempo. Eu preciso de um emprego e preciso para ontem!— Tudo bem, eu fico com esse!— Você tem certeza?— Infelizmente eu não tenho muita escolha. Eu preciso de um emprego e de um salário com urgência. — Forço um sorriso para a moça do outro lado do balcão da agência de empregos.— Tudo bem! Anotarei o endereço pra você e vou ligar para a D’Angelo avisando que ocupará essa vaga.— Obrigada, Dany! — Aguardo a moça fazer as anotações e assim que saio do prédio, sigo direto para a D’Angelo Corporation. Um emprego em uma das maiores empresas de administração e contabilidade do país seria uma oportunidade única para a minha carreira. Servir cafezinho, limpar balcões e mesas não era o que eu tinha em mente, porém, para hoje me serve e muito. A minha vida não tem sido muito fácil desde que Andrew Dixon, meu pai faleceu em um acidente de carro. É como se ele fosse o eixo que mantinha tudo em seu devido lugar. Desde então John Dixon, meu irmão mais velho saiu de casa em busca de suas aventuras e a minha mãe Sara Dixon não tem tido muita vontade de viver ultimamente. Depois vieram as dívidas que quase nos deixaram sem um teto e sem comida, ou sem os dois. Enfim, servir cafezinho é o que vai nos manter da melhor maneira possível por um tempo. Com uma respiração profunda ergo a minha cabeça e fito o arranha-céu suntuoso forçando-me a entrar nele em seguida. Inevitavelmente observo o luxo por todo o hall e caminho para o enorme balcão de um mármore negro e lustroso, e me apresento para a jovem atrás dele.— Bom dia, eu me chamo Isadora Dixon. A agência de empregos me enviou para a vaga na copa. — Estendo-lhe o papel e ela o ler em silêncio, abrindo um sorriso profissional em seguida.— Avisarei que está aqui, Senhorita Dixon. — Apenas aceno um sim para a moça, enquanto ela pega o telefone e fala com alguém. — Pronto, siga para o elevador dos empregados e aperte a tecla do terceiro andar. Alguém estará a aguardando.— Obrigada! — Não me imaginei entrando em lugar como esse pela área de serviços, afinal, estudei tanto e me dediquei por anos a fio que esperava pelo menos entrar pela porta da frente e ocupar uma sala só minha. Sonhos, não dá para acreditar neles! O TIM do elevador avisa que cheguei no meu andar e assim que as portas se abrem um homem de aproximadamente trinta anos, usando um terno barato me abre um sorriso espalhafatoso.— Você deve ser a Senhorita Dixon. Eu sou Peter Thompson e sou o encarregado desse setor.— É um prazer, Senhor Thompson! — Estendo uma mão acompanhado de um sorriso cordial para o homem que provavelmente será o meu chefe de agora em diante, enquanto saio do elevador.— Por favor, me chame apenas de Peter. Agora, venha por aqui. — Ele pede, levando-me para um corredor largo e comprido, e seguimos para a última porta. Na copa tem algumas moças usando um uniforme azul-escuro com aventais e toucas brancas, com a logo de uma empresa que não conheço. Provavelmente a D’Angelo terceiriza esse tipo de serviço. — Vista isso, eu preciso que fique pronta para começarmos. — Pega de surpresa apenas arqueio as sobrancelhas enquanto fito o homem alto me estendendo o uniforme.— Ah... tipo, agora?! — gaguejo pois não imaginava que começaria o meu primeiro dia hoje e tão pouco agora. Quer dizer, eu não avisei nada para ninguém e mamãe ficou sozinha em casa. Droga!— Algum problema, Senhorita?— Ah, não, tudo bem! Onde eu posso me trocar?— Tem um banheiro para empregados voltando por esse corredor, a terceira porta. Seguro o fardamento e saio da copa para me trocar, e quando volto à cozinha, Peter me apresenta as dezenas de funcionários que estão em fileira e em pé diante dele. Não demora e descubro que a minha primeira tarefa do dia é organizar um breakfast em uma das salas de reuniões do vigésimo sexto andar. Tudo parece ser muito rápido e pragmático por aqui, e em um piscar de olhos tenho um carrinho prateado na minha frente contendo algumas bandejas com torradas, biscoitos, croissants, uma garrafa de café e outra com água, um bule com chá, algumas xícaras e copos, e uma jarra de suco. A sala de reuniões está completamente vazia e isso me deixa mais à vontade para deixar tudo organizado em um canto de parede próximo a uma enorme janela que tem a mais bela vista da cidade New York. Assim que termino saio, deixando as portas duplas fechadas e imediatamente volto para o meu setor para seguir as próximas ordens. — O que está achando do seu primeiro dia? — Anne, uma das funcionárias pergunta sentando-se ao meu lado no horário de almoço. Ela abre uma vasilha plástica e o cheiro de comida caseira se espalha pelo ar no mesmo instante. Dou de ombros para a sua pergunta.— Nada mal — ralho abrindo a embalagem de uma barrinha de cereal que tinha na minha bolsa.— Aqui não é tão ruim. Temos um salário, plano de saúde, cartão alimentação e ganhamos alguns extras caso precise passar do horário.— Passar do horário? — Ela meneia a cabeça, fazendo um sim e leva uma garfada da comida a boca.— Às vezes chego a fazer quase dois mil por mês só de horas extras.— Uau! — digo com desdém. Não estou desdenhando, mas dois mil por mês não dá nem para começar a quitar as dívidas que meu pai deixou. Sem falar no aluguel e as contas do cotidiano. Bufo mentalmente. E ainda tem a minha mãe, que não pode ficar sozinha. Terei que pensar onde a deixá-la durante o dia enquanto estiver trabalhando.— Você só trouxe isso para o almoço? — Anne pergunta me despertando.— Na verdade, eu não sabia que começaria hoje.— Entendi. Se quiser eu posso dividir o meu com você.— Não precisa, Anne, obrigada! Na verdade, eu não estou muita fome no momento.No segundo turno foi difícil manter a minha concentração. Eu estava preocupada com Dona Sara, com o fato de estar sozinha em casa e nem sequer pude telefonar para Mila a nossa vizinha para pedir que a olhasse até eu voltar. Contudo, pude me distanciar dos problemas que tiram o meu sono todas as noites desde que tudo virou de cabeça para baixo. Os credores que batem em minha porta querendo receber o dinheiro que meu pai lhes deve, ou na última carta do banco que me deu um ultimato para quitar a hipoteca da casa. Como não pude pagar nada fomos despejadas e confiscaram tudo que tinha de valor. Menos as minhas economias, que já está quase no fim.— Uau, você está maravilhosa! — sibilo admirada para Emma que surgiu no meu campo de visão usando em um vestido negro colado ao seu corpo de uma forma sensual e uma maquiagem que realçava os olhos negros, e puxados. Ela leva as mãos por baixo dos cabelos volumosos e cacheados, e sacode os fios.— Ela está indo para a boate Tecno's Kiss. Emma é dançarina à noite. — Anne explica, enquanto a morena passa um batom vermelho-púrpura na boca.— Ah! — É tudo que consigo dizer.— Pois é, não dá para viver apenas com um salário de copeira. — Emma resmunga e ajeita uma bolsa a tiracolo brilhosa em seu ombro. Eu só penso que ela está certíssima, entretanto, eu não fazia ideia. Durante toda a minha adolescência e mocidade sempre tive tudo nas minhas mãos e a minha família era feliz, então eu estava satisfeita com isso. Como tudo mudou tão radicalemente do dia para noite? Essa é uma pergunta que me faço todos os dias.— Estou indo! — aviso após trocar de roupa e as meninas acenam um tchau de dedos para mim.Epílogo - segunda parte.Ethan D'angeloComo se fosse atraído por ela vou direto para a pista, bem no meio da multidão de corpos suados e paro bem atrás dela. Ousadamente as minhas mãos tomam posse da sua cintura. Ela dá aquela olhadinha de lado, o seu sorriso se amplia e eu tenho a minha carta branca. Portanto, me encosto no seu corpo delicioso e me mexo seguindo o seu ritmo. A coisa toda é uma droga sensual que me embriaga, me envolve e me deixa completamente alucinado. O meu corpo inteiro está fervilhando e porra, estou louco para provar do seu sabor. Mas calma, Ethan, você precisa ir devagar. Primeiro, alimente o seu desejo, desperte o seu fogo adormecido, faça-a querer mais e aí já estará no papo. Não demora para os nossos corpos estrem colados e suados. As nossas respirações estão pesadas e ofegantes, e para completar já estamos no terceiro copo.Está na hora de levá-la para a cama!Conhecem a expressão aos trancos e barrancos? Foi exatamente assim que entramos no seu apartament
Epílogo - primeira parteEthan D’angeloOnze anos depois... — Por que você vive com a cara enfiada nesses livros? — resmungo assim que entro na sala de visitas da casa dos meus pais e encontro Lisa, minha irmã caçula deitada em um dos sofás e lendo um livro de romances.Meninas!Por que elas acreditam nessas baboseiras? Estão sempre suspirando pelos cantos e sonhando acordadas. Eu entendo que o amor existe. Eu tenho vários exemplos clássicos girando ao meu redor. O Tadeu, o Max, Tio Zyan e até mesmo o meu pai. Cada um deles tem uma história para contar. Mas vamos ser sinceros? Não dá para viver de sonhos. Não sou um homem de coração duro nem nada assim. Estou mais para pragmático. Sou o vice-presidente da D’angelo Corporation e logo serei o presidente, mas não cheguei até aqui com sonhos e suspiros. Eu estudei, me esforcei e dei o meu melhor para ser visto pelo meu pai, e reconhecido pelos meus méritos. Sou determinado e tenho os meus pés fixados no chão.— Eu amo acompanhar o amor c
Memórias de Isadora - parte 3Na hora do jantar eu estava mega feliz e ansiosa pela minha surpresa, mas o clima me pareceu meio estranho. John tinha um sorriso na cara, porém, ele não tirava os olhos do seu prato. Por que isso era estranho? Bom, normalmente ele é bem-falante e engraçado também. Papai pelo contrário estava sério e mal tocou em sua comida e a minha mãe parecia meio pálida. Se essa surpresa fora capaz de mudar tragicamente o humor do nosso jantar confesso que tenho medo de descobrir do que se trata.— Eu preciso sair. — Papai anunciou de repente e mamãe largou os talheres em cima do prato. Ele foi para a sala e ela saiu logo atrás dele.— O que foi isso? O que está acontecendo? — questionei o meu irmão. Entretanto, ele soltou um suspiro teatral e me encarou com um certo desdém.— Não foi nada de mais, maninha. Dramas da família Dixon que você conhece bem. Não sei como ainda não se acostumou com isso. — Forcei-me a engolir a comida que estava na minha boca, larguei os tal
Memórias de Isadora - parte 2— Ah, Isadora? — Ele larga imediatamente a caneta em cima dos papéis e fica de pé.— Queria falar comigo, professor? — Ele meneia a cabeça fazendo um sim para mim e me aponta uma cadeira que educadamente me acomodo.— Antes de tudo eu gostaria que soubesse que acabei de corrigir a sua prova.— E? — Arqueio as sobrancelhas petulantes, pois sei exatamente qual o resultado dela.— Você é mesmo incrível, menina! — Abro um sorriso amplo e presunçoso.— Obrigada, professor!— Enfim, não era sobre isso que eu gostaria de falar.— Então, sobre o quê?— Estou de olho em você já faz algum tempo, Isadora. E como estamos no final do curso gostaria de te chamar para sair. — Tá, engoli em seco agora. Ok, ele é realmente lindo e é atraente também. Só tem um probleminha nessa equação. Após o foco desse curso o meu segundo foco será entrar para uma das maiores empresas de contabilidade de Seattle – a D’angelo Corporation – e para isso terei que dar outro mergulho profundo
Memórias de Isadora - parte 1Momentos antes da falência da família Dixon...Meu nome é Isadora Dixon, mas isso vocês já sabem. Assim com perceberam que sou uma garota bem extrovertida além de animada. Mas sou determinada e opiniosa também. Portanto, eu posso levar algumas coisas na boa, mas não pisem nos meus calos. Além dessa minha personalidade mista, tenho uma paixão exacerbada pelos números e isso desde que me conheço por gente. E é exatamente por isso que estudo contabilidade. Enfim, eu nasci no seio de uma família com veias italianas e acredito que é daí que vem a minha determinação. Tenho poucos amigos no momento e não pense que é por timidez, porque se tem uma coisa que eu não sou, é tímida. O fato é que desde que comecei a faculdade os meus amigos do colegial e de infância também seguiram seus rumos e estou tendo que começar do zero desde então. É claro que já estou praticamente terminando o meu curso e não foquei exatamente em fazer amigos, embora, eu tenha alguns, mas nada
Heitor— Quanto? — pergunto seco até demais. Ele se vira para me olhar nos olhos.— Cinquenta mil dólares.— Isso é bem menos do que me deu da outra vez, não dá pra nada! — É tudo que terá de mim. Ou você aceita, ou pode voltar a sua vida de fugitivo. Garanto que não sobreviverá até amanhã de manhã.— Que droga, Heitor! — John leva as mãos aos cabelos e elas escorregam para sua nuca, fazendo-o encarar o teto. Uma respiração alta preenche o ambiente e ele volta o seu olhar para mim. — Eu aceito! — Ergo um dedo em riste, pedindo que espere e vou para a minha mesa. Abro a primeira gaveta e tiro um envelope pardo de lá, o arrastando em sua direção. — O que é isso?— Abra! — ordeno e desconfiando o meu cunhado se aproxima da minha mesa, abre o envelope e encontra algumas imagens sus lá dentro. Um sorriso sacana se abre nos seus lábios e ele volta a me fitar. — Filho da puta!— Achou mesmo que eu não descobriria? Estou de olho em você desde que saiu da minha casa. É uma lista longa de crim
Último capítulo