Um amor profundo pode destruir a vida de uma pessoa. Foi assim que Lindsay estava depois do noivado rompido há um mês do casamento. Sem coragem de encarar as pessoas, depois de cancelar o casamento ela sai de sua cidade, para encontrar seu amado em um país estranho e com aminésia. Por mais que queira, não consegue deixar o homem que ama entregue a própria sorte, para piorar, ele se declara a ela repetidas vezes e mesmo sem memória, se desculpa por ter rompido o noivado. De repente, o ex noivo é extremamente gentil e possessivo em relação a ela, deixando seus hormônios em ebulição. Lindsay, decidiu cuidar de Christian, mas está determinada a não se entregar a ele outra vez. Mas o corpo é traiçoeiro e o coração não consegue guardar rancor. Lindsay vai viver um inferno por não superar esse amor e deixar Chris entrar de novo em sua vida.
Leer másLindsay Hudson olhou para o homem que andava pela rua distraído, sua face escureceu. Os belos olhos verdes fixaram-se no homem e se recusaram a desviar. Seu coração acelerou e junto a vontade de espanca-lo até a morte.
Como ele pôde ser tão insensível? Sete anos juntos, sendo dispensada por uma mensagem de texto como se fossem sete dias? Como se pressentisse que estava sendo observado, o homem olhou em sua direção. O olhar profundo aos poucos foi suavizando e um sorriso se formou em seus lábios. Lindsay congelou por um momento, em seguida andou em direção ao homem que ampliou o sorriso. Levantou a mão e desferiu um tapa em seu rosto. - Está maluca? A surpresa do homem era genuína. - Eu te odeio até a morte Chris. Gostaria de nunca ter te conhecido! E continuou a bater com os pulsos fechados no tórax musculoso do homem que parecia não sentir nem cócegas. Dois policiais logo a cercaram na saída da Bioquímica Boolt. - Sra, se acalme! Lindsay olhou com fúria nos olhos para Chris, que falou com os policiais com indiferença. - Essa louca partiu para cima de mim sem nenhum motivo. Espero que a tranque em um hospício para o resto das pessoas ter segurança. - Seu cretino desgraçado, ainda vai me pagar por toda humilhação que passei. - Talvez seja melhor levar os dois à delegacia, assim resolvem o problema com o delegado. - Não conheço essa maluca. Chris falou sem piscar os olhos. Lindsay ficou mais irritada. - Não é verdade, eu posso provar! - Sem fazer graça, Sra. a situação não é das melhores para você. - Vou pegar meu celular e mostrar para os Srs que ele mente descaradamente. Abrindo o celular, ela mostrou várias fotos ao policial. Depois de um tempo, ele olhou para Chris e falou com desgosto: - Vejo que temos aqui uma briga de casal. Espero que possam resolver de forma civilizada. Virou para Lindsey e aconselhou: - Vou deixar passar dessa vez, mas se voltar a agredir alguém, terei que levá-la a delegacia. - Eu não conheço essa mulher! - Sr, tem uma vasta quantidade de fotos de vocês juntos. Como pode afirmar que não há conhece? Sugiro que conversem civilizadamente e resolvam. O policial se afastou deixando Chris com o olhar sombrio. - Deixe-me ver as fotos! - Vá para o inferno Chris! Nunca imaginei passar por uma situação como essa. Lindsay pegou o anel dentro de sua bolsa e entregou de forma brusca. - Se te encontrar outra vez, vou fingir que nunca te vi na vida, espero que faça o mesmo! Ainda tentando entender o que estava acontecendo, Chris segurou o anel com um olhar confuso. A memória não estava ajudando e ao forçar, sua cabeça começou a doer. Isso sempre acontecia quando forçava para lembrar algo ou ficava nervoso. Há pouco mais de um ano, sofreu um acidente de carro e sua vida virou de cabeça para baixo. Seu carro caiu em um rio e seu corpo foi arrastado até o limite do estado. As feridas e as longas horas na água, lhe deram dois meses de coma e a perda de memória. Quase seis meses depois foi encontrado por seu acessor e voltou para casa. Realmente não tinha ideia de quem era aquela mulher. - Espere! Sua voz era quase agonizante pela intensa dor de cabeça. - Me desculpe, não me lembro de você! Lindsay ficou chocada com as palavras dele. Virou para encarar-lo de frente e o viu suando, tremendo com a mão na cabeça. - O que quer dizer com isso? - Perdi a memória depois de um acidente. Não me lembro de muita coisa. Podemos conversar com calma? Vendo que ele não estava realmente bem, Lindsay sentiu o coração doer. Christian Sullivan era seu amor de infância. Aos dezoito anos, começaram a namorar e pouco depois ele foi para a faculdade e Harvard. Passaram a ter dois a três encontros anuais e nos últimos três anos, não se viram nem uma vez. Olhando para o homem desgrenhado a sua frente, não teve coragem de deixá-lo, seu estado era realmente miserável. Pálido e suando cada vez mais, com as mãos massageando a cabeça, Chris mal aguentava abrir os olhos. - O que há com você? - Minha cabeça, preciso tomar um comprimido agora. Lindsay olhou para o lado, a lanchonete estava a cerca de cem metros de distância. - Consegue andar até lá? Apoiando o homem de quase dois metros de altura e mais de oitenta quilos, ela se esforçou para ir até lá. Depois de ajudá-lo a se sentar, foi buscar água para ele tomar o comprimido. - Acho melhor te levar ao hospital. - Não tem necessidade, daqui a pouco passa. - Onde estão os seus pais? Não devia estar andando sozinho por aí. - Não me lembro deles. Lindsay olhou dentro dos olhos dele, Chris estava diferente. O corpo era o mesmo, mas seu olhar tinha uma expressão diferente e uma tristeza refletida neles. Ao se lembrar do jeito cruel que foi deixada, ela duvidou que ele lhe disse palavras tão duras e cruéis. Lindsay pegou o telefone e ligou para os pais de Chris, Sem sequer tocar, a mensagem eletrônica avisou, os dois telefones não estavam recebendo ligação. Sem entender, ela não teve outra alternativa. Não poderia deixar o rapaz sozinho naquele estado. - Para onde devo te levar Chris? O rapaz lhe entregou as chaves do Land Rover, um carro avaliado em um milhão e meio. O coração de Lindsay disparou, onde ele arrumou esse carro? Será que se meteu em algum negócio ilegal? Perguntar não parecia adequado, uma vez que ele disse não lembrar, pareceu sem sentido questionar. - Para onde vamos? -Condominio de águas termais. Ele mesmo colocou no GPS a localização. O condomínio de luxo estava situado na área nobre de Mar Del Plata. Uma casa linda e majestosa apareceu em sua visão, As paredes brancas com grandes portas e janelas de vidros rodeada por um jardim bem cuidado. - Você mora aqui? Por mais bem de vida que a família era, essa casa parecia além do poder aquisitivo da família Sullivan. - Sim!No carro a caminho da Bioquímica Boolt, ela repassou várias vezes a conversa com Chris. Philip era uma peça importante em todos os cenários e ela já não se sentia segura em relação a ele. Tudo que era importante, estava nas mãos dele e se algo grande viesse a acontecer, ele era apenas um assistente. Precisava de uma pessoa realmente de confiança ao seu lado, ou uma forma de se defender caso as coisas viessem a se complicar. Sair da Argentina por um tempo era a única solução para refletir com calma toda a situação. Encarar Philip agora era uma tarefa difícil de lidar, mas existia a desculpa de uma noite mal dormida para justificar seu aparente desanimado. - A Sra está bem, Sra Hudson? Encarando o jovem assessor tentando ver através dele, ela respondeu devagar. - Um tanto cansada, esta noite quase não dormi. Chris estava muito agitado. - Eu entendo. Já passei por isso também. - Como assim? Ela ficou surpresa com a declaração dele. - O Sr Norton, depois do acidente,n
Com a cabeça cheia de desconfiança, Lindsay foi para casa. A mente não parava de pensar no assunto e Chris logo percebeu que Algo não estava certo. - O que foi meu amor? - Não é nada. Só estou cansada. - Então vem cá, vou te ajudar relaxar. Eles estavam tendo a interação perfeita nos últimos dias. Faziam amor com frequência e conversávam bastante. Mas hoje, Lindsay não estava no clima. - Como foi com sua amiga? Ela disse alguma coisa que te deixou preocupada? Sem pensar muito no assunto, ela respondeu a primeira coisa que lhe veio à mente. - Ela está com leucemia. Por isso estou preocupada. A pesquisa que estava trabalhando, era exatamente sobre isso. Mas ela não esperava uma reação intensa de Chris. A dor de cabeça veio quase imediatamente. - Chris, o que foi? - Minha cabeça! Já acostumada às crises, ela pegou a água e o analgésico. - Toma querido, já vai passar. Correu para o banheiro e molhou a toalha, fez compressa no rosto dele enquanto pensava, foi ela
E foi assim que ela descobriu uns arquivos estranhos. Cada trabalho era em equipe ou unitário e tinha que ser assinado por seus respectivos responsáveis. No entanto, esses trabalhos não tinham assinaturas. Movida pela curiosidade, foleou os arquivos e de cara notou que as fórmulas continham muitos erros. A menos é claro, que não fosse uma pesquisa oficial ou até mesmo, estavam criando algo ilegal. Lindsay copiou os arquivos e deixou os papéis no mesmo lugar. Iria investigar do que se tratava antes de tirar qualquer conclusão. Com a cabeça cheia de desconfiança, Lindsay foi para casa. A mente não parava de pensar no assunto e Chris logo percebeu que Algo não estava certo. - O que foi meu amor? - Não é nada. Só estou cansada. - Então vem cá, vou te ajudar relaxar. Eles estavam tendo a interação perfeita nos últimos dias. Faziam amor com frequência e conversam bastante. Mas hoje, Lindsay não estava no clima. - Como foi com sua amiga? Ela disse alguma coisa que te de
Depois de um dia exaustivo lidando com os acionistas e outros assuntos da Bioquímica , Lindsay chegou em casa louca por um banho e cama. Mesmo o cheiro de comida vindo da cozinha não foi capaz de levantar seu ânimo. Mas a voz que a parou antes de subir para seu quarto, era bem conhecida. - Querida, você chegou. Mais de uma semana sem notícias e ali estava ele, com a cara mais limpa do mundo. - Chris, estou furiosa com você! - Não fique furiosa amor, vai estragar essa pele linda que você tem e não faz bem para a sua saúde. A calma dele a deixou mais irritada, soltou a empresa na mão dela e sumiu. Teve momentos e que pensou abandonar tudo e partir. Mas Philip estava lá sempre a encorajando e dando o maior apoio. No final não estava sendo tão difícil quanto imaginava. - Agora que voltou, tem que arrumar a bagunça que você fez. - Nunca tomei uma decisão mais acertada na minha vida. Acredite em mim! As palavras firmes e o semblante calmo a deixou confusa. Poderia Chris es
Como havia recusado assumir a Bioquímica Boolt, Lindsay estava considerando seriamente em se desligar da empresa e partir. Nos EUA haviam vários laboratórios de fama mundial onde poderia tentar a sorte. Seu coração doía somente pelo fato de deixar Chris na atual situação. Por mais difícil que pudesse parecer, o destino da Bioquímica Boolt não era tão importante para ela. De um jeito ou outro eles acabariam por encontrar uma solução. Ha duas noites que estava evitando Chris. O diálogo entre os dois era quase nulo. De qualquer forma, ela iria embora, era só questão de tempo e ela precisava manter os pés no chão. No entanto, Chris não pensava assim. - Sra Hudson, o Sr Philip pediu para a Sra vir até o escritório central. - Estou no meio de um ensaio importante. - Ele disse que é urgente. Com o coração batendo forte, ela trocou a roupa de laboratório e pegou o elevador preocupada. Devia ser algo com Chris, talvez estivesse com crise ou quem sabe até recuperou a memória. -
Lembrando que era dia do neurologista, ela ficou tensa. Era para estar acompanhando ele. - Porque ele não me chamou? A pergunta era mais para ela mesma, mas Inês respondeu prontamente. - O Sr Norton pediu para não acordar a Sra. disse que precisava descansar. - Ainda dá tempo de chegar ao consultório. Já vou indo, obrigada, nês! - Mas a Sra não tomou café direito. - Tudo bem, como alguma coisa depois. obrigada ! Lindsay saiu rápido sem dar tempo para Inês dizer mais nada. Entrou no carro e foi direto para a clínica. Chegou já no final da consulta e entrou na sala sob o olhar surpreso de Chris. - Dra , bom dia! Desculpe o atraso. - Não esperava que viesse. Sente-se. Chris estendeu a mão e segurou a mão dela de forma íntima, fazendo Lindsay corar. Até tentou tirar, mas ele segurou mais firme sem dar chance dela escapar. - Como ele está? - Vejo que está lidando bem com o trauma. Então estou reduzindo a sertralina e só vai usar os analgésicos em caso dor. Fisicamen
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