Quando saíram do apartamento,uma equipe estava parada a porta. Lindsay levou um susto.
- Que está acontecendo aqui? - Chamei uma empresa de mudança, você não terá que voltar nesse lugar. Ela quis ficar brava, mas as gotas de suor e a palidez no rosto dele, fez com que mudasse de idéia. - Apenas itens de uso pessoal. Aluguei o apartamento mobiliado. Não tem muita coisa para tirar. Os quatro homens com caixas em mãos entraram e menos de vinte minutos depois haviam terminado de empacotar seus pertences. Apenas roupas, sapatos, alguns livros e três portas retrato. Não havia motivo para contratar uma empresa de mudança. De volta a casa, os homens levaram tudo para o quarto apontado e em seguida foram dispensados. - Quando eu devo? - O Sr Norton já acertou o trabalho. Sr Norton? Lindsay nunca tinha ouvido esse nome - Chris, Porque está usando outro sobrenome? Olhando diretamente nos olhos dela ele respondeu com outra pergunta. - Qual era antes? - Christian Sullivan. Sem demonstrar nenhuma surpresa ele anuiu: - Devo ter criado um nome fantasia por algum motivo. Agora sou Christopher Norton. A explicação foi satisfatória para Lindsay, era muito comum o nome genérico. Resolveu ir arrumar suas coisas e depois iria dormir. As seis da manhã teria que sair para o laboratório. Ainda não tinha entrado no quarto que agora iria ficar. Seus olhos arregalados de espanto viram o ambiente com surpresa. O quarto era maior que todo o apartamento que acabou de entregar. - Chris! - Estou aqui. Ele subiu logo atrás dela sem que percebesse. - Tem certeza que esse é o meu quarto? - Sim! Tem alguma coisa errada? Desconfiada ela olhou em volta em busca de pertences masculinos. Seria o cúmulo do absurdo dividir o quanto com ele. - É muito grande. Esse não seria o seu quarto? - O meu e em frente! Não tenho certeza se a gente dividia o mesmo quarto antes. Você pode decidir onde ficar. O rosto dela ficou vermelho, virando rápido ela respondeu decidida. - Aqui está ótimo! Só achei grande demais. - Como quiser! Enquanto você se acomoda, vou providenciar o jantar. Ele saiu um tanto decepcionado, tinha esperança de que ela preferisse seu quarto. Lindsay admirou o quarto, a cama king estava elegantemente coberta por um conjunto floral delicado, as cortinas brancas e as paredes em tons pastéis claros davam uma harmonia com os móveis cor de mel. O carpete persa macio era um bálsamo para os pés. Ao abrir a porta ao fundo, viu o closet a direita e o banheiro a esquerda em um corredor com uma grande janela ao fundo. Lindsay nunca dormiu em um quarto tão elegante. Sua família e a de Chris eram de classe média, tinham boas casas, mas longe de parecer com essa. Outra vez se perguntou com o que Chris estava envolvido. - Lindsay? Duas batidas na porta e ela voltou para o quarto correndo para abrir. - Sim? - Venha, vamos jantar antes que esfrie. Chris havia tomado banho e trocado de roupa. Se nas roupas sociais ele era lindo, no moletom com camiseta regata ele era um Deus. Lindsay prendeu o fôlego ao ver os braços morenos musculosos, o físico atlético destacado na roupa. Lembranças do passado vieram a tona e sua respiração acelerou. Ela nem percebeu suas palavras. - Chris... Notando os olhos brilhantes dela, Chris sentiu o coração bater mais forte. Era a primeira vez que ela demonstrava alguma emoção para com ele. Respondeu com voz baixa e sedutora. - Sim? Sem resposta ou reação dela, ele estendeu a mão e a trouxe direto para seus braços. Os lábios desceram sobre os dela e o beijo que lhe deu foi leve, quase um roçar de lábios. No minuto seguinte, ela o puxou com os braços em volta do pescoço. O beijo se tornou exigente, profundo. Nenhum dos dois queria terminar, seus braços apertando um no outro cada vez mais. Os seios dela rijos de encontro ao peito musculoso dele, ela sentiu o pênis dele pulsando e tremendo um pouco acima da sua virilha. Eles pareciam envolvidos por uma corrente elétrica, A excitação aumentando em cada lugar que ele tocava. O desejo era poderoso e poderia se entregar como antes a paixão sem limites. Foram a lembrança das duras palavras dele que quebrou o clima. "Tenha um pouco de amor próprio" Lindsay percebeu que quase um ano não foi suficiente para esquecer, amava esse homem com a mesma paixão do primeiro dia. Chocada, o empurrou para longe. - Chris, não podemos! - Podemos sim, não sei o que houve com a gente, mas não é por falta de amor! - Isso é sobre sexo, não tem nada haver com amor. Ainda trêmula de desejo, sentindo a calcinha extremamente úmida, ela se obrigou a voltar para o quarto. Precisava de recompor ou estaria perdida. - Pode ir na frente, eu desço daqui a pouco. Chris ficou parado em frente a porta, a frustração era muito grande. Ter ela nos braços por alguns minutos foi o suficiente para tirar seu juízo. Agora estava determinado a saber porque rompeu com ela e tinha certeza, queria ela de volta custasse o que custasse. Depois de um banho gelado, Lindsay ainda se sentia arder de desejo. A lembrança de como os dois interagiam na cama, o beijo quente que trocaram agora a pouco era a evidência de que a química ainda era forte entre eles, mais intensa que antes até. "Não foi uma boa ideia vir morar aqui. Vou sair mais ferrada ainda quando ele se lembrar." Triste, ela chorou com pena de se mesmo. Porque tinha que amar tanto um homem que a desprezou à vésperas do casamento? Quando se controlou, se obrigou a descer para comer alguma coisa. Depois que almoçou, não comeu mais nada. Ao ver ela descer as escadas com passos exitantes, Chris sentiu uma dor no peito. Aquela era para ser sua amada esposa, a quem ele devia amar e fazer feliz. Mas estava triste e abatida por sua causa. - Vêm aqui, querida. Come alguma coisa e depois vá descansar. - Obrigada. Sem mais palavras ela se sentou e se obrigou a comer um pedaço de frango, macarrão com bacon e batatas fritas. Estava quase terminando quando ele quebrou o pesado silêncio. - Lindsay, me conta o que aconteceu entre nós? - Eu não sei! Na última vez que nos vimos, estava tudo normal. Viajamos para o caribe e passamos dez dias juntos. Você voltou para os EUA e eu para Toronto. Ficamos três anos sem nos encontrar, marcamos o casamento e eu iria morar com você nos EUA. - E depois? - Você cancelou do nada, menos de um mês do casamento.