Capítulo 55

Nova York tinha um som próprio.

Não era um barulho.

Era uma batida.

O táxi deslizava entre as ruas largas e Allegra apertava o broche no bolso do casaco, tentando sincronizar seu peito com aquele ritmo novo.

— Essa cidade respira alto — murmurou, olhando pela janela.

Lucca sorriu, do outro lado do banco:

— Ela respira como você quando pinta: sem pedir permissão.

O prédio da Fundação Guggenheim surgiu como uma espiral futurista entre os prédios tradicionais.

Um monumento de arte e reinvenção.

Um sussurro dizendo: aqui, o novo tem vez.

O espaço reservado para Allegra ficava numa sala de vidro elevada, com janelas que deixavam o Central Park espiar lá de fora.

A curadora responsável, uma mulher elegante de cabelos curtos chamada Maya, os recebeu com um sorriso generoso e voz pausada:

— Allegra Bianchi. Seja bem-vinda.

Estamos muito felizes por você estar aqui.

— Eu ainda não sei se estou pronta — Allegra disse, meio brincando, meio real.

— Que bom.

Os que duvidam de si costumam ser os ma
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