Quando acordei naquele sábado, não fazia ideia de que estava prestes a viver um dos dias mais bonitos da minha vida.
Lucca apareceu às 9h da manhã com um sorriso discreto e um casaco pesado.
— Tem 10 minutos pra fazer uma mala pequena.
— Como assim?
— Confia em mim.
Eu confiei. Como sempre.
Joguei algumas roupas confortáveis na mochila, um caderno, uma blusa mais quente, meu estojo de lápis de cor e uma câmera antiga. Sophia nos observava da porta da cozinha, com a xícara de chá na mão e uma sobrancelha erguida.
— Ele tá te sequestrando ou te levando pra se casar em segredo?
— Se for pra casar, quero ser dama de honra — gritou ela quando saímos. — E o Louis vai usar smoking!
No carro, Lucca colocou uma playlist instrumental e dirigiu em silêncio, com uma mão no volante e outra na minha.
— Onde estamos indo? — perguntei pela quarta vez.
— Fica nos arredores de Annecy.
— Annecy? A cidade do lago azul?
— Isso. Só que mais isolado. Uma casa que foi dos meus avós. Eu ia lá quando era peque