Capítulo 38

A mesa do ateliê estava coberta de pequenos papéis com ideias, anotações e rabiscos. Em cada canto, uma palavra:

“Transição.”

“Pertencimento.”

“Ritmo.”

E no centro, o caderno com o selo da galeria de Barcelona. Era oficial. O convite agora era mais do que uma promessa: era um contrato assinado, uma viagem marcada, uma sala expositiva inteira esperando por Allegra Bianchi.

— E se eu pintar algo completamente diferente? — perguntei, mordendo a tampa de uma caneta. — Se eles não gostarem?

— Então vão entender que arte é isso mesmo: mutação com tinta — respondeu Sophia, sentada no tapete, com Louis dormindo no colo como um rei preguiçoso.

— Você já viu alguém crescer tão rápido quanto eu tô tentando crescer agora?

— Já. Plantas. Mas você tá indo além: você tá florescendo com barulho de violino.

Ri.

— Obrigada por sempre estar aqui.

— Eu só tô colhendo a beleza de ter te visto renascer, Bianchi.

Parei por um segundo, observando as telas secando perto da janela. Uma delas ainda sem título,
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