Lucia não dormiu naquela noite.
Passou horas no escritório, espalhando as cartas pela mesa, rabiscando mapas mentais, conectando nomes, ideias e pontos frágeis.
Não era um plano de guerra.
Era um projeto de mundo.
Pela primeira vez, ela não queria derrubar ninguém.
Queria levantar outras com ela.
—
Na manhã seguinte, convocou uma reunião com Adriana, Elena e Serena.
A mesa redonda da biblioteca virou centro de comando.
— Recebi ontem mais uma proposta — disse Lucia, entregando o envelope.
— Essa veio da Casa Laurentis, da Bélgica.
Querem cooperar.
Mas sob cláusula de anonimato.
Elena, que lia com olhos treinados, murmurou:
— Eles têm medo de retaliação.
— Não só isso — completou Adriana.
— Eles têm coisas a esconder.
Ninguém pede anonimato por caridade.
Lucia concordou.
— E é por isso que o conselho não será formado por nomes antigos.
Não quero remendar o velho.
Quero construir do zero.
Serena sorriu de leve.
— E como vamos chamar isso tudo?
Lucia respirou fundo.
— Não sei ainda.
Mas