Quarenta e oito horas após a votação do Conselho, o mundo parecia respirar diferente. As manchetes dos jornais que apenas arranhavam a superfície falavam de escândalos políticos, quedas de executivos, prisões inesperadas.
Mas o submundo sabia a verdade: Domenico Rossi tinha sido derrubado.
E agora… ele estava solto.
Lucia Mancini observava o amanhecer da sacada de um dos apartamentos seguros em Roma. Vestia preto, o cabelo preso em um coque improvisado, as mãos fechadas sobre a grade.
Serena se aproximou devagar.
— Não dormiu?
Lucia negou.
— Ele sumiu.
Não está na Itália. Nem no Brasil. Nem nos Estados Unidos.
— E acha que ele foi pra onde?
Lucia virou-se devagar, os olhos duros.
— Pra algum lugar onde a morte dele não parecerá uma derrota.
Domenico quer cair como mártir.
Mas eu vou garantir que ele apenas… caia.
—
Na sala de guerra improvisada no subsolo do prédio, Adriana mostrava os novos dados.
— Ele saiu de Roma por via diplomática.
Um dos embaixadores que deve favores à Casa Ros