O salão era escuro, mas não por falta de luz. Era escuro por escolha.
Porque os grandes nomes da velha máfia preferiam operar na penumbra.
Lucia Mancini entrou no recinto acompanhada de Serena, Adriana e Matteo.
Atrás dela, a força de uma Casa reconstruída sobre cinzas.
Dentro dela, o peso de uma herança que nunca pediu — mas que agora fazia questão de defender.
Ao redor da mesa oval, os chefes das seis Casas Maiores estavam presentes.
Don Sforza, da Casa de Roma.
Don Bellini, de Milão.
Don Navarro, da Sicília.
Don Esposito, de Nápoles.
Dona Helena Corti, de Florença.
E, ironicamente, Domenico Rossi, da Casa de Veneza.
Lucia o viu. E pela primeira vez, o viu frágil.
Disfarçado num paletó caro, mas com os olhos marcados e a pele mais pálida.
Ele sorriu. Como se fosse só mais um dia de negócios.
— Senhorita Mancini — disse Don Sforza. — Trouxe provas do que acusa?
Lucia assentiu. Adriana entregou ao Conselho as pastas físicas e um pen drive criptografado. O telão ao fundo se acendeu.
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