A noite ainda não tinha terminado.
Lucia e Serena voltaram à Casa Principal antes do amanhecer.
O resgate fora rápido, preciso.
Mas a dor deixada nas entrelinhas era profunda como faca embutida.
No quarto de Lucia, elas não falaram.
Apenas sentaram lado a lado na cama.
— Ela sabe o que faz — disse Lucia, por fim.
— Amara?
— Sim.
Ela não improvisa. Ela planta.
E eu estou… cheia de sementes dela.
Serena segurou sua mão.
— Então a gente queima tudo que ela plantou.
Juntas.
Lucia sorriu com os olhos cansados.
— Espero que a gente sobreviva até a colheita.
—
Enquanto isso, na ala subterrânea da Casa Norte, Amara percorria a sala onde o testamento de Elena havia sido guardado por décadas.
Lúcio estava diante de um painel antigo.
Atrás dele, um cofre com compartimentos múltiplos.
Ele abriu o último.
Ali dentro, um envelope vermelho.
Selado com a rosa negra e... uma inicial bordada a ouro:
S.
— É ela — disse Lúcio, em voz baixa.
Amara pegou o envelope.
— Nunca achei que Giulia deixaria esse n